sábado, 9 de outubro de 2010

Sermão de Santo António aos Peixes (Capítulo I), Padre António Vieira

No primeiro capítulo do Sermão de Santo António aos Peixes considerei mais importantes as seguintes partes que desde já apresento:        
       
        O exórcito, é uma parte do discurso que se reveste de grande importância na medida em que é o primeiro passo para captar a atenção e benevolência dos ouvintes. O orador deverá ser sensível ao auditório ao auditório que tem á sua frente e desenvolver o seu discurso, tendo em conta as suas caracteristícas. Não deverá começar num tom muito monótono, mas também não deve fazê-lo em tom muito elevado. No exórdio é proposto um tema dicotómico. Partindo do conceito predicável vos estis sal terrae, retirado da Sagrada Escritura, o orador dá inicio ao sermão. 
         Vieira sabe que o mal não está só do lado dos pregadores, os leigos também têm as suas culpas e todos juntos concorrem para a destruição do Índio. O facto de o sal não salgar é um problema que preocupa António Vieira como já foi preocupação de muitos outros pregadores, incluindo Santo António: «A humildade e caridade ornam a sabedoria do pregador. Se delas o pregador estiver ornado, a pregação será como um conceito de músicos. Quando a sabedoria exterior corresponde ao sabor da consciência e a eloquência corresponde á vida, há um conceito de música».
        O primeiro parágrafo é todo constituído através de uma engenhosa rede de jogos de palavras, uma vez que a principal preocupação é saber o motivo pelo qual a terra não se deixa salgar. É de notar a pouca variedade de palavras no segundo parágrafo e a insistência sistemática na repetição de algumas. Tal aconteceu para vingar de forma clara as ideias, no que se refere ás culpas que os pregadores têm relativamente ao facto de a terra não se deixar salgar!

Sermão de Santo António aos Peixes


Diogo Maximino

Padre António Vieira

       Nasceu em 1608, em Lisboa e faleceu na Baía em 1697. Aos seis anos foi para o Brasil com os pais. Ordena-se sacerdote em 1635. A sua prosa é vista como um modelo de estilo vigoroso e lógico, onde a construção frásica ultrapassa o mero virtuosismo barroco. As obras Sermões, Cartas e História do Futuro ficam como testemunha dessa arte admirável.
       O Sermão de Santo António aos Peixes constitui um documento com uma surpreendente imaginação, habilidade oratória, que toma vários peixes como símbolos dos vicios. Este sermão foi pregado três dias antes do Padre António Vieira embarcar para Portugal. Todo o sermão é uma alegoria, uma vez que os peixes são a personificação dos homens.  

Padre António Vieira

domingo, 3 de outubro de 2010

Recursos Estilísticos

  • Comparação - A comparação como o próprio nome indica, consiste na associação entre dois termos diferentes, mas entre os quais há algo que permite a sua aproximação.
             Ex:  "Dentro da casa o mar ressoa como no interior de um búzio"  (Sophia M.B. Andresen)

  • Metáfora - Na metáfora está sempre implícita uma comparação, mas sem quaisquer elementos que explicitem essa associação.
             Ex:  "Amor é fogo que arde sem se ver"  (Camões)

  • Imagem - Em sentido lato, a imagem engloba figuras como a metáfora, o símbolo, a alegoria, etc., figuras criadas por meio de uma comparação, de uma relação analógica. A imagem é, pela sobreposição e\ou acumulação de figuras, mais ampla e rica de sugestões que a comparação e a metáfora. A presença da comparação e da metáfora acabam por converter as ideias em representações mais sensíveis, animadas e coloridas:
              Ex:  "O Mondego, como uma cobra na areia, espreguiça a sua trança de águas mortas"
                      (Fialho de Almeida)

  • Alegoria - A alegoria é um recurso retórico-estilístico em que se fazem corresponder, de modo minucioso e sistemático, um nível de significados literais e um nível de significados figurados. A alegoria pode ser considerada como uma metáfora ou como uma comparação prolongada, devendo o seu intérprete descobrir sob os significados literais e patentes, que em si mesmos têm coerência, outros significados: 
          "a nau que enfrenta um mar encapelado, dirigida por um piloto firme e hábil, responsável pelo
           leme, que sabe evitar os escolhos e vencer as ondas e os ventos contrários  

          É uma alegoria multissecular da vida política do Estado, agitada e perigosa, que exige um governante 
          com coragem e sabedoria.

          Como igualmente alegórico é este extracto do Sermão de Santo António aos Peixes, de Padre
          António Vieira:

          "O polvo, com aquele seu capelo na cabeça, parece um monge; com aqueles seus raios
           estendidos, parece uma estrela; com aquele não ter osso nem espinha, parece a mesma
           brandura, a mesma mansidão."

           O polvo aparece aqui como uma notável representação alegórica da hipocrisia com que se mascara
           o ser humano e, em particular, alguns membros da igreja.

           As personagens de alguns autos de Gil Vicente __ Auto da Barca do Inferno, por exemplo__ são
           personagens alegóricas, na medida em que constituem representações do mal e do bem, do vício e
          da virtude.

  • Sinestesia - Fala-se de sinestesia quando detectamos uma combinação ou fusão de diversas impressões sensoriais__ visuais, auditivas, olfactivas, gustativas e tácteis__ entre si, e também entre as referidas sensações e sentimentos. No fundo, trata-se de um jogo em que a transposição dá origem a metáforas sinestésicas:
               Ex: "E fere a vista com brancuras quentes" (Cesário Verde)

  • Prosopopeia, Personificação ou Animismo - A prosopopeia consiste em atribuir qualidades ou características humanas a tudo o que não seja humano (ideias, animais, plantas, coisas, objectos inanimados, o irracional, etc.)
              Ex: "Entretanto, Lisboa arrojava-se aos meus pés."  (Eça de Queirós)

  • Metonímia - Consiste em designar uma determinada realidade por meio de um termo que se refere a uma outra outra realidade, mas entre as quais existe uma relação.
              Ex: Ter cinco bocas para alimentar = ter cinco pessoas para alimentar.
                    Ser o Cristo da turma = ser o que sofre todas as consequências.

  • Sinédoque - Consiste em exprimir a parte pelo todo, ou o todo pela parte, o plural pelo singular ou o singular pelo plural. 
              Ex: "o homem é mortal" (= os  homens são mortais),
                     "Que, da Ocidental praia lusitana" => Portugal 

  • Antítese - É uma figura de construção, mas também de pensamento. Enquanto procedimento literário, e sobretudo poético, a antítese não consiste em confrontar dialecticamente teorias opostas, mas sim apenas em jogar com os contrastes. 
              Ex: " No terror e esplendor da emoção"  (Eça de Queirós) 

  • Oxímoro - É uma forma de antítese lúdica e paradoxal, que inculca a uma dada expressão dois sentidos teoricamente incompatíveis.                                                        
              Ex: " Não o sei e sei-o bem" 

  • Ironia - A ironia pretende sugerir o contrário daquilo que se diz.
              Ex: " Que belo empregado tu me saíste!" [= irresponsável, incompetente]    

  • Hipérbole - Consiste em utilizar termos excessivos e, por vezes, impróprios, como "genial", "fantástico", "sublime", etc.; comparações irrealistas ("Forte como um touro"), abuso de superlativos, com o objectivo de pôr em relevo a ideia exagerada. No fundo, na linguagem corrente ou na linguagem literária, a hipérbole corresponde sempre a um exagero, seja do real seja do imaginário, por excesso ou por defeito.
                Ex: "Vê-se ondear um oceano de cabeças    

  • Eufemismo - O eufemismo surge como forma de atenuar uma verdade catastrófica, com vista a diminuir a força de impacto que a verdade poderá causar. Mas também poderá haver casos em que o eufemismo pode conter um travo de ironia.        
               Ex: "Entregar a alma ao criador." (por 'morrer')  
                     "Nunca usava palavras triviais; não dizia vomitar, fazia um gesto indicativo e
                     empregava restruir."  (Eça de Queirós)

  • Disfemismo - É precisamente o contrário de eufemismo. Em vez de se atenuar uma dura realidade, opta-se por torná-la real ou mesmo cruel.     
               Ex: "Esticou o pernil... Foi fazer tijolo...Bateu a bota..." [=morreu]

  • Hipálage - Consiste em atribuir a um nome / substantivo um epíteto que apropriadamente se devia atribuir a outro substantivo do co-texto. Trata-se de uma alteração gramatical e simultaneamente semântica, da relação entre um adjectivo e um nome / substantivo: em vez de o adjectivo se encontrar ligado ao nome / substantivo que semanticamente o exigiria, aparece relacionado com um outro.
               Ex: "fumar um pensativo cigarro ( Eça Q.) ['fumar pensativamente um cigarro'] 

  • Anáfora - Consiste em iniciar vários versos ou frases por uma mesma palavra ou grupo de palavras.
               Ex:   " E negro, negro como a noite morta, 
                         E negro, negro como negro dia,
                         Senti-me triste como a noite morta.
                         Porém, de manso, abriu-se aquela porta...
                         E o Sol entrou!

                         E para mais, chovia..."  ( Pedro Homem de Melo)

  • Pleonasmo - Reflecte redundâncias mal formadas, sobretudo do ponto de vista gramatical e lexical.
               Ex: "Subi para cima"
                     "Desceu para baixo"         

                                Em sentido de plenitude é uma figura pela qual se acrescenta á expressão do
                                pensamento, para reforçar a clareza ou a energia, palavras que seriam inúteis á
                                integridade gramatical.

                Ex: "Vi com estes olhos que a terra hão-de comer"
                      "Vi claramente visto o lume visto" (Camões)

  • Paralelismo - Genericamente, paralelismo significa toda a forma de construção que reproduz um mesmo esquema, sobretudo se se trata de correspondênciasverticais entre as frases.
                Ex: "Com estrelas na alma, com visões na mente"; "Bátegas de brasas, turbilhões de
                       sóis" (Junqueiro)  

  • Quiasmo - O quiasmo é a figura mais conhecida das que se fundam na simetria. Trata-se de uma expressão construída principalmente por quatro termos, sendo os dois ultimos da mesma natureza dos dois primeiros, mas apresentando uma ordem invertida. O quiasmo aparece quando duas partes de frase ou frases não são construídas paralelamente, mas em oposição como imagem e reflexo. Habitualmente, o quiasmo é representado por uma figura em cruz, ou pela sigla AB BA.
               Ex: "A bênção como espada, / A espada como bênção!" (Fernando Pessoa)

  • Anástrofe - É um tipo de hiperbáto, mas cuja inversão da ordem natural das palavras na cadeia sintagmática se revela menos violenta.

  • Assonância - Consiste na repetição de sons vocálicos.
               Ex: "As mãos do mar que vêm e vão,
                      As mãos do mar pela areia
                      Onde os peixes estão.
                      As mãos do mar vêm e vão
                                    (Alexandre O'Neill)       

  • Aliteração -  Enquanto a assonância recai sobre a repetição de sons vocálicos, a aliteração incide sobre a repetição de sons consonânticos. A aliteração tem, sobretudo, uma função imitativa.
                Ex: "Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso..." (F. Pessoa)

  • Onomatopeia - Trata-se do emprego de palavras que sugerem sons produzidos por animais ou pessoas, ou ruídos produzidos por objectos ou pela natureza
                Ex: Troc...troc...troc...troc...
                      Ligeirinhos, ligeirinhos.
                      Troc...troc...troc...troc...
                      Vão cantando os tamanquinhos...

  • Trocadilho ou Jogo de Palavras - Está geralmente associado á combinação ou agrupamento de vocábulos com som semelhante. Em sentido restrito, o trocadilho é entendido como o aproveitamento do sentido duplo de uma palavra.
                 Ex: "Joana flores colhia
                        Jano colhia cuidados"

  • Hipérbaro - É uma figura de construção que consiste na inversão violenta da ordem normal dos membros de uma frase, podendo manifestar-se pela separação do substantivo e do adjectivo, pela colocação do sujeito ou do verbo no fim da oração, pela alteração do lugar habitual de complementos rigidos preposicionalmente, etc.
                 Ex: "Casos que o Adamastor contou futuros" (L. Camões)

  • Anátrofe - É um tipo de hipérbato, mas cuja inversão da ordem natural das palavras na cadeia sintagmática se revela menos violenta.
                  Ex: "Longas são as estradas da Galileia" (Eça de Queirós)

  • Anacoluto - O anacoluto verifica-se, por exemplo, quando uma oração que parece ser a principal fica em suspenso pelo aparecimento de outra oração que a faz derivar num outro sentido.              
                  Ex: "A noite
                        __ Como, suave,
                        muito branca, aos tropeções
                        Já solene as coisas descia__ E eu nos teus braços deitado
                        Até sonhei que morria." (António Botto)

  • Elipse - Consiste em não utilizar, na frase, elementos que, em princípio, aí deveriam figurar. Trata-se da suspensão de palavras que seriam necessárias á plenitude da construção, mas em que os elementos expressos permitem compreender o sentido completo, sem que haja obscuridade ou incerteza. 
                 Ex: "um automóvel rápido; outro; outro ainda..." (Eugénio de Andrade) [O
                        indefinido"outro"reenvia para automével]

  • Perífrase - Consiste em exprimir por meio de expressões ou frases completas o que seria possível dizer-se numa só palavra ou numa expressão mais breve. Na perífrase, o verdadeiro estado de coisas não nos é fornecido directamente, mas terá de ser deduzido por via indirecta.
                Ex: "Lhe dá no Estígio Lago eterno minho" (Camões) => isto é, mata-o

  • Enumeração -  Consiste na apresentação sucessiva de vários elementos.
                Ex: "Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis
                       Ó coisas todas modernas" (F. Pessoa)

  • Assíndeto - É um figura de parataxe que omite os elementos de ligação entre vocábulos ou orações, sobretudo as conjugações coordenativas, e, em particular a copulativa e (geralmente substituída pela vírgula, mas podendo não aparecer qualquer sinal de pontuação). Este procedimento confere maior vigor á frase ou ao verso e produz, entre outras, uma sensação de movimento.
                 Ex: "Mas o Luso, arnês, couraça e malha
                        Rompe, corta, desfaz, abola e talha" (Camões)

  • Polissíndeto - Contrariamente ao que acontece com o assíndeto, o polissíndeto consiste na repetição intencional da conjugação, visando criar determinadas sugestões, ou pode ocorrer, com ou sem valor sugestivo, para preservar a métrica de um verso.
                 Ex: "Que as estrelas e o céu e o ar vizinho
                        E tudo quanto se via namorava" (Camões)

  • Gradação - A gradação consiste em dispor os elementos textuais de modo a partir de valores de sentidos mais fracos para sentidos mais fortes ou inversamente. Daí que possamos considerar dois tipos de gradação:
             Gradação ascendente, quando a seriação é feita segundo uma ordem em crescendo, isto é, que vai manifestando uma intensificação progressiva.
        
                     Ex: "Deu sinal a trombeta castelhana / Horrendo, fero, ingente e temeroso" (Camões)

            Gradação descendente, quando a seriação de ideias é feita de forma que as ideias ou os conceitos vão dimuindo de intensidade.
  
                      Ex: "Uma pequena coisa, uma insignificância, uma nica, tudo o afligia"

  • Pergunta Retórica ( ou Interrogação Retórica) - A utilização da pergunta retórica não pretende obter ou dar qualquer resposta. Ela é introduzida seja para tornar mais vivo o discurso, seja para realçar o pensamento, seja para reflectir sobre algo que é inquestionável.
                      Ex: "Este inferno de amar__ como eu amo!__
                             Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
                             Esta chama que me alenta e consome,
                             Que é a vida__ e que a vida destrói__
                             Como é que se veio a atear,
                             Quando__ ai quando se há-se ela apagar?" (Almeida Garrett)

  • Apóstrofe ou Invocação - Por apóstrofe entende-se uma interpelação a alguém, presente ou ausente, leitor ou ouvinte, personagem ou objecto personificado, humano ou divino. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade a que se dirige e/ou a ideia que se pretende pôr em evidência com tal invocação.
                    Ex: "Ó tu, Guarda divina, tem cuidado / De quem, sem ti.." (Camões)

sábado, 2 de outubro de 2010

Discurso aos participantes na Marcha Sobre Washington pelo Emprego e pela Liberdade

 
No discurso político de Martin Luther King, mais conhecido por "Eu tenho um sonho" o activista político estadunidense  falava da necessidade de união e coexistência harmoniosa entre negros e brancos no futuro. Contudo algumas frases ditas marcaram-me de forma evidente:

"Há quem pergunte aos militantes dos direitos civis: «Quando é que vos ireis dar por satisfeitos?» Não iremos dar-nos por satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos horrores inenarráveis da brutalidade policial. Não iremos dar-nos por satisfeitos enquanto os nossos corpos pesados da fadiga e da viagem, não puderem encontrar pousada nos móteis das estradas e nos hóteis das cidades.

Neste pequeno excerto penso que Martin Luther King exprime muito bem que existem demasiadas diferenças entre as pessoas de cor branca e de cor negra. Diz ainda que todos os negros sofriam imenso com a brutalidade policial e que para alem disso nunca podiam descansar em sitio que as pessoas de cor branca podiam tais como hóteis e pousadas.

"Tenho um sonho de que os meus quatro filhos pequenos irão um dia viver num país em que não serão julgados pela cor da sua pele mas sim pelo conteúdo do seu carácter"

Martin Luther King diz que tem um sonho de que o racismo e as diferenças entre as pessoas de diferente cor diminuam, e ainda que gostava que as pessoas não fossem julgadas pelo seu tom de pele mas sim pelo mais importanto ou seja o conteúdo do seu carácter.

Martin Luther King

Martin Luther King

Martin Luther King nasceu em Atlanta a 15 de Janeiro de 1929, foi um pastor protestante e um activista político. Através de uma campanha conta a violência e de amor para com o próximo tornou-se num dos mais importantes líderes pelos direitos cívis. O seu discurso mais famoso tem o nome de "Eu tenho um Sonho" . Em 1964 Martin Luther King foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz, tornando-se assim na pessoa mais jovem a recebe-lo.


Diogo Maximino

Manifesto de Barack Obama para os alunos

Barack Obama


No manifesto de Barack Obama, existiram várias partes que quanto a mim foram as mais importantes. E são elas :

"Quando era miúdo, a minha família viveu alguns anos na Indonésia e a minha mãe não tinha dinheiro para me mandar para a escola onde andavam os outros miúdos americanos. Foi por isso que ela decidiu dar-me ela própria umas lições extras, segunda a sexta-feira, ás 4h30 da manhã"

Esta pequena parte do documento demonstra bem que Barack Obama, o actual presidente dos Estados Unidos da América, não teve uma vida fácil, mas mesmo assim Obama não desistiu e por isso tornou-se naquilo que hoje é. Não desistir é importante para que consigamos chegar até onde desejamos.

"Quem sabe se não há alguém desempregado e o dinheiro não chega. Pode ser que vivam num bairro pouco seguro ou os vossos amigos queiram levar-vos a fazer coisas que vocês sabem que não estão bem. Apesar de tudo isso, as circunstâncias da vossa vida - o vosso aspecto, o sítio onde nasceram, o dinheiro que têm, os problemas da vossa família - não são desculpas para não fazerem os vossos trabalhos nem para se portarem mal. Não são desculpa para responderem mal aos vossos professores, para faltarem às aulas ou para desistirem de estudar. Não são desculpas para não estudarem."

Obama diz-nos que nada serve como desculpa para os alunos não estudarem, para não se aplicarem, para responderem mal ás pessoas mais experientes. A verdade é que o facto de existirem pessoas a viverem em bairros menos recomendáveis, de terem dificuldades na vida isso não implica que estas mesmas sejam obrigadas a seguir por maus caminhos, basta as pessoas quererem e terem força de vontade para não caírem em maus hábitos.

"Eu sei que muitas vezes a televisão dá a impressão que podemos ser ricos e bem-sucedidos sem termos de trabalhar - que o vosso caminho para o sucesso passa pelo rap, pelo basquetebol ou por serem estrelas de reality shows - mas, a verdade é que isso é muito pouco provável. A verdade é que o sucesso é muito dificil"

Barack Obama alerta-nos, e diz que o sucesso não está garantido para ninguém, nem é fácil chegar lá. É necessário muito trabalho e empenho para que consigamos ser bem-sucedidos na vida.



Diogo Maximino